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O Diário de uma boa vizinha, de Doris Lessing

Record, 1984, 350 g
Exemplar vendido
222 páginas, capa em ótimas condições estruturais, desgastes leves de manuseio nas extremidades, marca de corte na parte inferior da lombada.  Texto  em ótimas condições de leitura, sem grifos ou anotações. Borda externa com pontos amarelados. 



Minha filha, ocupada com as minúcias de seus afazeres como professora e mestranda, encontrou tempo para ler um livro de Doris Lessing. Contou-me que já era o terceiro título e que se surpreendia em confirmar mais uma vez como a autora desenvolvia os argumentos de forma envolvente e de ótima escrita. Animada pela indicação, escolhi o menor dos 9 livros de sua autoria que tenho no acervo do sebo. “O diário de uma boa vizinha” já começa inusitado pela história de sua edição. Doris Lessing, já autora consagrada, decidiu seguir a trajetória de iniciante e adotou o pseudônimo de Jane Somers, descrevendo-se como “jornalista veterana” ao submeter seus originais às editoras ingleses e norte-americanas. O editor que finalmente se dispôs a publicar seu original não foi ninguém menos que o responsável pela estréia da própria Doris Lessing. O jogo continuou com a anuência do editor e o livro “O diário de uma boa vizinha” teve uma aceitação mediana como tantos outros bons autores estreantes. Ainda como Jane Somers, publicou um segundo romance chamado “Se os velhos pudessem”, antes de assumir a autoria dos dois livros.
A Personagem de “O diário de uma boa vizinha” é editora de uma revista de moda, sofisticada (a Personagem e a revista), auto-suficiente. Ficou viúva sem conseguir dar ao marido doente o apoio necessário: ocupada, trabalhava muito, foi avisada pelos médicos que Fredie tinha câncer, mas sua reação deixou claro que não queria saber se eles dariam ou não essa notícia ao marido.
Algum tempo após a morte de Fredie, a mãe da Personagem muda-se para a sua casa, após uma estadia de 8 anos com a irmã, casada, 4 filhos adolescentes e mimados. No início dessa mudança tudo vai bem, a rotina se estabelece com a Personagem trabalhando, indo a jantares, viajando à trabalho e a mãe, frágil mas independente.
A mãe adoece.
No período em que a velha senhora ficou doente, a personagem observava a irmã em suas visitas à mãe. Como conversavam e durante horas! Surpreendia-se com a quantidade de assuntos, com a intimidade mãe-filha, com a proximidade física das duas.
A Personagem acolhera a mãe em sua casa,com eficiência. Nada faltara, mas não havia “essa” intimidade, não conversavam realmente.
A Personagem se via frente à morte do marido e da mãe, perguntando-se como eles eram. Como eles eram realmente?
Não percebeu a mudança que as duas ausências ocasionaram à sua vida, até conhecer a velha senhora Fowler. Ela, que “realmente” não cuidara do marido ou da mãe doentes (e como agora Ela percebia como eles deviam ter precisado de seus cuidados), agora banhava uma velha que mais parecia uma bruxa (em gênio e aspecto), cuja casa fedia, cujas roupas fediam, fedia a xícara de chá...
Doris Lessing aborda os medos da Vida e da Morte com tal maestria que transforma seu livro em pista rápida para os olhos. A leitura se torna irresistível e com os recursos que a boa literatura tem de sobra.
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